Olá pessoal!
Hoje é dia de entrevista aqui no Pacote e nosso entrevistado do mês é o autor parceiro Rennan Andrade.
Vamos conhecer um pouco mais do Rennan?!
1. Quem é Rennan Andrade?
R: Rennan Andrade é um rapaz de dezesseis anos que, assim como grande parte dos adolescentes de hoje em dia, já passou por bons bocados. Ama escrever, ama os animais, adora ter um momento em paz para refletir um pouco e se sente feliz em estar rodeado de pessoas que gosta.
Eu procuro não me definir muito porque sei que nós estamos mudando constantemente, principalmente agora na adolescência, mas creio que “amor próprio” é uma coisa que têm dominado a minha vida nos últimos meses. Se eu me sinto feliz com minhas ações e com aquilo que eu faço – dentro e fora da literatura –, eu posso dizer que estou bem, obrigado. Alcancei diversos objetivos, mas ainda assim há muito que eu ainda quero conquistar.
2. Quando e como começou a escrever?
R: Eu comecei a escrever através das fanfics quando tinha cerca dos onze, doze anos de idade. Foi algo bem natural: eu lia fanfics de Naruto, e meses depois, eu queria fazer fanfics de Naruto, mas conforme o tempo foi passando, eu percebi que não precisava me prender aos personagens e universos criados por outras pessoas, e quando a ideia de A Luz de Cada Mundo veio a mente, eu não hesitei colocá-la em prática.
3. Tem algum autor que considere uma referência para o seu trabalho como escritor?
R: Não sei bem.
Tem semanas em que eu leio mais do que escrevo e vice-versa, e a minha ideia de literatura é que cada autor tem seu próprio estilo. Eu sou novo, tenho ciência disso e estou experimentando o que funciona melhor para mim artisticamente, bem como criando meu próprio estilo. Por isso, eu não posso dizer que tenha adotado grandes referências para com o meu trabalho, mesmo que tudo ao meu redor possa ser considerado uma inspiração.
4. Quais seus autores preferidos?
R: Nicholas Sparks, Agatha Christie e Gayle Forman. Admiro suas obras e a forma como eles criam, eu não penso duas vezes antes de ler um livro deles porque, pelo menos até hoje, eu nunca me decepcionei com nenhuma obra escrita por um dos três. Porém, eu não os considero grandes referências em meus trabalhos.
5. Fale um pouco sobre “A luz de cada mundo”.
R: É um livro de fantasia sobre dois jovens de dezesseis anos que nasceram no mesmo dia e foram escolhidos como Portadores da Magia logo quando nasceram. Ryze Hope é antissocial e rebelde, e pode controlar os poderes da água e do ar, enquanto Chloe Lights, alegre e positiva, pode controlar os poderes do fogo e da terra.
Eles têm a missão de viajar por diversos mundos distintos e derrotar os representantes de Ronan, o imperador da magia negra, enquanto tentam restaurar a fé dos representantes da luz, seres que habitam os tais mundos e que possuem grande bondade em seu coração. É um conceito um tanto complicado a primeira vista e geralmente é muito difícil pra mim explicar tudo sobre o universo do livro, mas a leitura é bem mais simples e boa do que muitas pessoas geralmente esperam.
6. Como foi para você escrever seu primeiro livro? Quanto tempo esse processo durou?
R: Eu comecei a fazer o worldbulding, a backstory, os personagens e afins no meio de 2013, e terminei no começo de 2014, que foi quando eu comecei a escrever. Certo que eu não tinha tudo planejado na época em que comecei a escrever: certos mundos foram maiores do que esperado, e outros foram criados no calor do momento e acabaram sendo incluídos no livro. Eu praticamente editei um mundo inteiro, criei personagens que a princípio não deveriam existir, entre outras coisas.
Para mim, escrever meu primeiro livro não poderia ter sido um processo mais natural. Eu acredito que fiz um bom trabalho ao apresentar a série para o leitor no primeiro livro e quero fazer um trabalho ainda melhor progredindo com a história no segundo. Afinal, eu também sou leitor e sei como um livro bom pode ficar morno demais em sua sequência, e é por isso que estou levando as coisas de acordo com o meu próprio tempo.
7. Como fez a escolha dos nomes dos personagens? E quanto às características deles, você se baseou em alguém que conheça?
R: Ryze vem das palavras em inglês Rise e Ray, que significa “aumento” e “raio”, respectivamente, enquanto Hope significa “esperança”. Ryze Hope então significaria “aumento de esperança” ou “raio de esperança”. Já Chloe é apenas um nome, enquanto lights significa “luzes”. Ambos os nomes têm significados muito específicos no livro e só quem ler poderá entender a verdadeira razão por trás deles, mas a minha intenção foi criar nomes que destacassem aquilo que o personagem realmente é e que ao mesmo tempo fossem originais.
Não me baseei muito em meus conhecidos, apesar de alguns dizerem que Ryze tem um pouco de mim. Eu ainda não sei bem aonde, mas... Fazer o que né (risos).
8. Tem algum personagem favorito ou que mais se identifique?
R: Eu gosto muito de Chloe, mas acho que isso se deve ao fato de eu ter tomado um cuidado quase que obsessivo com ela. Cada cena de luta, cada fala, cada movimento que ela fez, eu prestei atenção aos mínimos detalhes de tudo aquilo que estava relacionado a Chloe porque eu sei o quão difícil é criar personagens femininas fortes e ainda sim coerentes. Então... É, foi bem difícil.
Já com o Ryze não foi bem assim... Pra falar a verdade, foi pior, porque eu tinha uma meta a atingir com o Ryze que era bem maior e bem mais complicada do que o que aconteceu com Chloe. Ele acabou se tornando um personagem do tipo “ame ou odeie”, mas de uma forma proposital, pois eu quero trabalhar o personagem, evolui-lo e amadurecê-lo. Afinal, ninguém pode cobrar maturidade de um adolescente, e pra piorar ele é um adolescente antissocial. Só está agindo como tal.
9. Você já possui uma data para a sequência de A Luz de Cada Mundo?
R: Provavelmente sairá em 2017, mas eu não quero ser tão absoluto. Publicarei o livro quando ele estiver pronto para ser publicado. Eu não quero deixar as pessoas esperando, mas eu não quero ser medíocre em relação a minha arte, então deixarei a data em aberto.
10. Qual seu próximo projeto?
R: Atualmente eu estou trabalhando numa antologia: uma coleção de contos que leva o título de “A Verdadeira Morte”, e tem como intuito tratar da morte, de tragédias e conflitos internos perante diversas perspectivas: adultas, jovens, masculinas, femininas, e por ai vai. Cada conto foca em uma história específica: alguns falam mais sobre amizade, enquanto outros falam sobre amadurecer, sobre perdas, família, e devem haver um ou dois romances inclusos.
11. Como foi para você escrever os contos?
R: Há muito sentimento nesses contos. Quando escrevo, entrego tudo que tenho e deixo as palavras saírem de mim naturalmente. Houve vezes em que eu sentei no computador sem fazer ideia do que escreveria e, cinco horas depois, eu tinha um conto que sabia que queria na antologia. Mas também teve momentos em que sentei, após um momento difícil, e não sabia exatamente a mensagem que queria passar, mas conforme eu escrevia, a história começava a se formar ali, e eu via de cara se aquela história tinha potencial ou não.
Têm contos que são mais pessoais, bem como contos que são histórias com mensagens que quero compartilhar. Recentemente eu terminei um conto chamado “A Caminhada”, que tem uma mensagem bastante sútil, porém igualmente forte ao mesmo tempo. Eu li ele na noite passada e pensei comigo “ele pode fazer parte, mas com certeza terei que editar isso ou aquilo”.
Às vezes a arte é imediata, mas às vezes, ela leva algum tempo para acontecer.
12. Alguma data de lançamento?
R: Eu estou organizando os preparativos para o lançamento desde abril, e já pensei em diversas datas. Como sou um autor independente, é difícil pra falar com total certeza quando lançarei esse meu novo projeto. A única certeza que eu tenho é que ela será lançada ainda esse ano
13. Deixe um recadinho aos nossos leitores.
R: Incertezas fazem parte da vida. Quando somos adolescentes, a gente vive pensando no futuro e, mesmo que achemos ter plena certeza daquilo que teremos quando fizermos 21 anos, a verdade é que ninguém pode prever o futuro.
Todos nós temos as nossas próprias metas e sonhos, e apesar de o mundo não ser um lugar justo, continuamos batalhando por aquilo que queremos. Então o que realmente vai te definir nessa sua busca é se você vai jogar limpo ou se jogará sujo com as outras pessoas. E eu posso ser jovem pra dizer, mas não acho que exista melhor sensação do que poder dizer que cheguei a algum lugar sem ter de puxar o tapete de outra pessoa, porque isso é difícil, mas é possível.
Rennan, obrigada por sua entrevista!!