26 de fevereiro de 2018

[Filme] 3096 Dias

Gênero: Drama/Policial
Ano: 2012
Elenco: Antonia Campbell-Hughes, Thure Lindhardt, Trine Dyrholm, Dearbhla Molloy, Roeland Wiesnekker, Erni Mangold


Dirigido por Sherry Hormann, o filme é baseado no livro de mesmo nome e conta a história real de Natascha Kampusch, austríaca sequestrada aos 10 anos de idade e mantida em cativeiro por mais de 8 anos.

Certo dia, após uma discussão com sua mãe, com quem não tinha uma boa relação, Natasha saiu para a escola caminhando, como era de costume.

Mas naquele fatídico dia, um homem resolveu lhe jogar dentro de sua caminhonete branca, não tendo a menina sequer chegado à escola.



Após acionar a polícia, todo tipo de busca foi feita, mas Wolfgang Přiklopil já havia providenciado para que o porão de sua casa se tornasse um cativeiro bem escondido.

Com uma mente perturbada e doente, o sequestrador sempre dava ordens à menina que, ao se negar a cumprir, era penalizada com humilhações verbais e físicas. Dentre elas, ele insiste em dizer à Natasha que entrou em contato com seus pais, mas eles não demonstraram interesse em pagar nada a título de resgate.

A menina era obrigada a lavar sua cela, tomar banho na pequena pia e, ainda, era privada de luz, alimentação e de som, a depender da vontade de Wolfgang.

Na adolescência, além de todas as torturas, Natasha foi submetida a abusos sexuais diversos, e seu sequestrador determinava todos os detalhes de sua aparência.

Certo dia ele simplesmente surta e lhe raspa todo o cabelo, uma cena difícil e dolorosa de assistir.


O nome do livro se refere ao prazo em que ela ficou sequestrada, 3096 dias.

Todo esse sofrimento parece terminar quando, ao ver que Wolfgang se encontrava distraído lavando o carro e atendendo a uma ligação, Natasha toma coragem e foge correndo pela rua, com pavor de ser seguida e encontrada pelo seu sequestrador.

A história real de Natasha choca a todos os que tomam conhecimento do nível de maldade e loucura de Wolfgang que, segundo eu soube, suicidou-se no mesmo dia da fuga da menina.



Eu ainda não conhecia a atriz Antonia Campbell-Hughes, mas não há o que mencionar de sua atuação absolutamente impecável. A atuação de Thure Lindhardt no papel de sequestrador é igualmente perfeita e nos faz odiá-lo do princípio ao final do filme.  

Indico para quem curte bons dramas, principalmente os que são baseados em histórias reais.

E você, já assistiu a esse filme? Se ainda não, trago boas notícias: está disponível na Netflix!!!




21 de fevereiro de 2018

[Resenha] Gorda não é palavrão

GORDA NÃO É PALAVRÃO - Como ser feliz gostando do seu corpo como ele é
Autora: Fluvia Lacerda
Editora: Paralela
Ano: 2017
Páginas: 160


SinopseMesmo quem sabe que peso não é indicativo de beleza, saúde ou caráter ainda tem dificuldade em superar os valores associados às palavras “gorda” e “magra”. Pra quê? Por que permitirmos que “gorda” seja praticamente um palavrão, um insulto? Através de sua história única de trabalho duro e conquistas, Fluvia Lacerda, a mais renomada modelo plus size brasileira, oferece um manifesto inspirador de autoaceitação. Ela encoraja mulheres a questionarem a falta de representatividade de tamanhos na moda e na mídia e a deixarem de se submeter aos padrões alheios.





Olá! A resenha de hoje é muito especial! Não se trata de um livro qualquer, mas de uma verdadeira lição sobre amor próprio, autoconhecimento e aceitação de si mesmo. Com Fluvia Lacerda, o leitor aprende a se valorizar e a se amar do jeitinho que veio ao mundo, com defeitos e qualidades, potencialidades e problemas que ocorrem nas vidas de todos nós.

Fluvia sempre se sentiu bem consigo mesma, apesar de ter um manequim maior do que a nossa sociedade considera aceitável e bonito.

Porém, o que realmente incomodava a todos à sua volta era que, ao contrário da maioria das pessoas gordas, ela sempre se amou e se sentiu bem assim. Além disso, exames médicos regulares indicavam que sua saúde estava ótima, mais um motivo para que ela não tivesse que "correr atrás" de um corpo mais magro, como faz a maioria das mulheres.

Sendo uma menina à frente do seu tempo, na primeira oportunidade que teve, Fluvia foi para o exterior e trabalhou muito em empregos com salário baixo, tendo lutado para se manter.



"Parece que temos a obrigação de ser bonitas, que vivemos para agradar os olhos dos outros"

De repente, em um dia qualquer, um "olheiro" se encantou por suas curvas maravilhosas e lhe fez um convite que seria a porta para sua carreira nas capas de revistas e passarelas.

Assim, ela se tornou a primeira modelo plus size brasileira e começou a fazer grande sucesso, pois para ela sempre foi fácil fazer poses que lhe deixam ainda mais bonita e cumprem o objetivo de quem a contrata: vender o produto daquela marca.

Mas nem só de flores foi feita a vida dessa mulher que é exemplo para nossa sociedade atual. Ela passou, sozinha, por muitos obstáculos no exterior: a perda de uma pessoa super importante a quem amava, tendo que criar sozinha uma criança; os inúmeros questionamentos constrangedores em entrevistas e matérias de revistas; voltar ao seu país e perceber que, simplesmente, não existia um mercado voltado para mulheres com tamanhos maiores.

E então descobri como o ser humano pode ser muito mais cruel do que eu imaginava. Existem marcas de roupas que não produzem os mesmos modelos em tamanhos maiores, sabe por qual motivo? Por preconceito das pessoas que, sendo de tamanhos menores, exigiam que a marca não produzisse peças dos mesmos modelos em tamanhos maiores, pois não queriam ser referências daquela marca. Um verdadeiro absurdo!!!



Outro grande problema mencionado pela autora é a falta de padrão nos tamanhos das roupas em geral. E nas roupas plus size, isso é uma questão ainda mais grave, já que não se pode confiar que uma peça de roupa de determinado número será do mesmo tamanho em 2 lojas diversas.

Atualmente, tudo isso começou a melhorar, com a chegada de lojas e marcas especializadas em roupas e acessórios para o público plus size e, com a venda de produtos pela internet.  Percebe-se a tentativa de padronização, para que se possa oportunizar a compra de maneira mais adequada ao consumidor até porque, é óbvio que isso traz mais lucro para as marcas!


"Mesmo quem sabe que peso não é indicativo de beleza, saúde ou caráter ainda tem dificuldade em superar os valores associados às palavras 'gorda' e 'magra'."

A edição da Editora Paralela está excelente, com páginas amareladas e fonte confortável à leitura.

Como mencionado acima, considero Fluvia um grande exemplo para a vida pois, ao invés de se vitimizar, mostra ao mundo que a opinião da sociedade é apenas mais uma opinião e que isso não vai afetar a vida e, muito menos, a carreira dela!




Recomendo a leitura a todas as mulheres que se preocupam ao extremo com peso, com aparência e, claro, a todas as pessoas que lutam por uma sociedade mais igual e justa para todos.






12 de fevereiro de 2018

[Desafio 12 meses, 12 cores] Fevereiro

Olá, leitores queridos!


Como sabem, o Pacote Literário, juntamente com os blogs MãeLiteratura, da Claudia e o Mundinho da Hanna, está participando do "12 meses - 12 cores", um delicioso desafio que consiste em um post por mês durante o ano de 2018 e cada um terá uma cor como tema, da qual postaremos livros e itens literários.



O mês de fevereiro será colorido! Vamos às fotos?






Não deixem de passar nos outros blogs participantes para conferir mais fotos do desafio.


Gostaram das fotos do nosso projeto? Para participar, é só utilizar a #12mesescoresdl

Segue a tabela para os próximos meses! E prepare-se: em março a cor/tema é verde.




8 de fevereiro de 2018

[Resenha] A Festa de Divórcio



A FESTA DE DIVÓRCIO
Autora: Laura Dave
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2013
Páginas: 292


Sinopse: A festa de divórcio conduz o leitor à vida de duas mulheres que se encontram nos extremos opostos do casamento, uma se divorciando e outra no momento de confirmação do relacionamento dos sonhos. Apesar de todas as diferenças - distância, condição financeira, idade - Gwyn e Maggie têm uma coisa em comum: ambas estão em uma encruzilhada e enfrentam as mesmas perguntas: até que ponto você deve se esforçar para ficar com a pessoa que ama? quando é hora de desistir? O best-seller de Laura Dave apresenta um costume cada vez mais comum nos Estados Unidos: a celebração do rompimento amoroso. Talvez para os brasileiros isso seja estranho, mas para o povo do país norte-americano, este momento, quando consensual, deve ser celebrado. Isso porque os envolvidos foram corajosos pela decisão e porque agora os dois poderão ser finalmente felizes, mesmo que com outras pessoas. Laura chega à raiz das questões mais importantes e faz o leitor acreditar em todas as faces do amor, até a do divórcio.


O livro nos conta a história de duas protagonistas, Maggie e sua sogra, Gwyn. Maggie acabou de receber o convite para a festa de divórcio de seus sogros e está muito apreensiva, pois vai conhecê-los pessoalmente nessa ocasião.

"Maggie, com quem Gwyn apenas falara pelo telefone, mas que tinha uma risada de quem Gwyn gostara, uma risada em que ela confiara, especialmente porque aprendera com o tempo que o modo como uma pessoa ri geralmente reflete quem ela é, como ela é."


No caminho para a cidade dos sogros, Maggie e seu companheiro, Nate, encontram uma “velha amiga” de Nate que provoca ciúmes e deixa Maggie bastante insegura. Depois de um caminho cheio de percalços e desconfianças, eles finalmente chegam à casa dos sogros para a grande festa.

O que ninguém imaginava era que, por trás da “desculpa” de que se tornava mais espiritualizado, Thomas, pai de Nate, marido de Gwyn, escondia um grande segredo. Ao descobrir, Gwyn planeja a festa de divórcio e traz para a festa todos os elementos de que necessita para demonstrar a descoberta e expor a sua vingança a todos os conhecidos do casal.




Esse é o primeiro livro da autora lançado no Brasil e já adianto que, para mim, ela começou com o pé direito! Laura Dave provoca raiva e risos no leitor, na mesma proporção! Com situações absurdas, lindas, emocionantes e engraçadas, o livro se desenvolve em uma leitura fácil e fluida.

Narrado em primeira pessoa por ambas as personagens principais, em capítulos alternados, o livro traz pitadas de humor, sarcasmo e muita realidade, apesar de uma festa de divórcio não ser algo tão comum de presenciarmos no dia a dia do brasileiro.



Pode parecer estranho um livro cujas personagens principais são sogra e nora, mas acredito que o que a autora quis demonstrar foi que as inseguranças da vida, dos sentimentos e do amor acompanham a todas as pessoas desde o início do relacionamento (ponto em que se encontra a nora) até o final dele (onde se encontra a sogra).


"- O que eu acho é que não existe um jeito certo ou errado. E, quanto mais cedo abandonarmos nossas expectativas sobre como tudo deveria ser, mais felizes seremos."


A capa do livro é um verdadeiro convite à leitura e a Editora Bertrand Brasil arrasou em toda a edição, com páginas em tom bege claro e fontes confortáveis à leitura.

A mensagem que o livro passa, em minha opinião, é a de que todos precisamos estar preparados para saber até que ponto vale a pena acreditar e ir em frente, quando o assunto é amor.







Clique aqui e adicione A Festa de Divórcio no Skoob



5 de fevereiro de 2018

[Resenha] Dobradinha Dani Atkins

Olá, leitores!

Hoje trazemos para vocês mais uma vez o “Dobradinha”. 

Para quem ainda não conhece, é um post em que duas pessoas do blog leem livros diferentes do mesmo autor e postamos aqui as resenhas de ambas.

A autora da vez é a Dani Atkins e os livros são “A história de nós dois” (lido pela Fernanda) e “Uma curva no tempo” (lido pela Karla).

Vamos lá?

A HISTÓRIA DE NÓS DOIS
Autora: Dani Atkins
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Páginas: 352


Na noite em que Emma sai com suas amigas para comemorar sua despedida de solteira, tem a vida mudada após um trágico acidente. Ela é salva por Jack, um completo desconhecido que entra em sua vida de uma forma que ela jamais poderia imaginar.

Muito abalada com o acidente, Emma resolve adiar seu casamento.  Enquanto isso Jack fica cada vez mais presente e causa uma grande confusão em Emma, que se vê dividida entre dois amores.


“Ele poderia ser qualquer um. Ele era qualquer um. O acaso ou o destino simplesmente o haviam colocado na estrada certa no momento certo.”


Apesar de ter visto muitas críticas maravilhosas a respeito da autora por seu livro “Uma curva no tempo”, eu jamais leria esse só pela sinopse. Confesso que tramas com triângulos amorosos não são minhas favoritas. Mas resolvi seguir a indicação da Karla e partir para a leitura.

Durante a leitura, pouco a pouco percebi que a trama iria além disso, e que poderia me surpreender. Romance, uma dose de suspense e drama são ingredientes da história de Emma.

O livro é narrado em primeira pessoa, por Emma, e começa pelo fim, como se fosse um prólogo. É um trecho bem curto.

"São os sonhos que nos fazem quem somos. Todo mundo tem responsabilidades e compromissos; o truque é equilibrá-los em uma vida que também a faça feliz e realizada."

A autora, com uma escrita fluida e cativante, possui a habilidade de nos envolver completamente. Embora tenha ficado envolvida na história, Emma , em si, não me cativou muito, achei um tanto cansativas suas reclamações, mas essa foi uma impressão minha, talvez por não ter muita paciência com personagens assim.

Mas devo admitir que a carga sentimental do livro é enorme; e não tem como não se colocar no lugar dos personagens e tentar compreender seus atos e decisões.

Além de uma história de amor, A história de nós dois retrata a amizade e o perdão. Decepções que podem mudar uma vida, destinos e podem, também, trazer o amadurecimento ao serem superadas.

A capa é linda! Não posso falar da parte de diagramação do livro, li em e-book e não pude ter uma visão mais correta sobre isso.

Recomendo!



UMA CURVA NO TEMPO
Autora: Dani Atkins
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 235

O livro, narrado em primeira pessoa pela personagem principal, conta a história de Rachel, que tem uma turma de amigos de escola e, quando se encontram pela última vez antes de cada um ir cursar a faculdade, um acidente horrível ocorre, deixando marcas (físicas e/ou psicológicas) em todos eles.

Rachel é salva por seu melhor amigo, Jimmy que, no último instante, quando ela iria encontrar a morte, se coloca entre ela e o veículo que vinha a toda velocidade.

O trauma do acidente é tão grande que Rachel se muda da cidade, e tenta retomar a sua vida, já que se afastou dos seus planos iniciais.

"De repente, a jornada para procurar as resposta não parecia tão assustadora, agora que eu sabia que não estava sozinha."


Cinco anos mais tarde, Rachel retorna à cidade para o casamento de sua amiga Sarah e, ao rever sua antiga turma de amigos, se lembra, com sofrimento, de todos os detalhes do dia da tragédia e passa a narrar as coisas de uma forma diferente do que havia no livro até então.

É aqui que a trama deixa o leitor com uma grande dúvida: nossa personagem principal conta o que realmente aconteceu ou, devido às lembranças do trauma, aquelas novas informações são apenas fruto de sua mente machucada por esse enorme abalo emocional?

Intensa e diferente, a narrativa se desenvolve de uma forma que o leitor quer saber o que acontece a cada segundo.

“Pela primeira vez questionei por que estava tão motivada a demolir um mundo que podia ser muito melhor do que aquele no qual eu vivia.”

O final não apenas surpreende, como deixa o leitor confuso e até um pouco perdido (demorei a entender exatamente do que se tratava). Porém, é um ótimo final.

O livro tem alguns clichês, mas entendo que são completamente aceitáveis, pela história que se desenvolve.

Essa leitura foi o meu primeiro contato com a autora, que tem uma escrita leve e super fluida. Suas histórias me prendem tanto que não paro enquanto não finalizo a leitura.

Mais que recomendo!


Esperamos que tenham gostado de mais essa dobradinha! E vocês, já leram algum livro dessa autora? O que acharam?



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